Durante toda a vida escolar – de forma mais intensificada no Ensino Médio – os alunos acabam tendo quase que exclusivamente um objetivo único: fazer a correta escolha de uma profissão para a sua vida.

Existe um momento na vida do estudante, na maioria das vezes ainda adolescente, onde isso se intensifica, criando uma tensão extraordinária sobre os jovens, família e profissionais de educação.

Até 2021 essa fase de escolha, principalmente na definição de qual faculdade deveria concorrer nos vestibulares, se dava entre o segundo e o terceiro ano do ensino médio, ou seja, aos 16 ou 17 anos.

A partir de 2022 e 2023, obedecendo à reformulação da legislação de ensino, isso se dará ainda no primeiro ano. Ou seja, aos 15 ou 16 anos os alunos deverão tomar uma pré decisão, através da escolha dos itinerários formativos.

Os itinerários formativos são a maior novidade no novo ensino médio. Escolhidos conforme a vontade do estudante e da oferta da instituição, eles serão optativos, e serão compostos para se aprofundar nos conhecimentos das seguintes áreas:

  • matemática e suas tecnologias;
  • linguagens e suas tecnologias;
  • ciências humanas e sociais aplicadas;
  • ciências da natureza e suas tecnologias;
  • formação técnica e profissional.

Segundo os legisladores, o objetivo fundamental desta implementação é fazer com que o aluno saia do ensino médio com uma formação ou conhecimentos específicos. E através desse conhecimento fazer com que o aluno possa adentrar o mercado de trabalho sem necessariamente necessitar de um diploma de formação superior.

Para alguns, será a escolha do caminho onde as matérias estejam mais aproximadas das suas futuras escolhas para entrar numa determinada área de uma faculdade.

Seja lá o que for, não tira o peso sobre a busca por uma definição do seu futuro próximo, um planejamento que envolve uma expectativa da sociedade que fixa padrões compulsórios sobre o que significa ser “bem-sucedido”.

É aí que podem surgir problemas para os jovens, porque essa escolha normalmente não é só deles. 

Muitos fatores influências sobre essa definição como o mercado, suas tendências e remunerações, a família e suas tradições e infelizmente, em último lugar, estão os talentos que esses estudantes têm e que já podem ser medidos com uma determinada segurança aos 17 anos, mas não o fazem.

É óbvio que alguns estudantes já crescem determinados desde a infância, tendo uma predileção por áreas ou profissões nas quais desejam trabalhar, mas muitos, em razão da pouca idade e experiência de vida, não conseguem definir o caminho a seguir e ficam sujeitos a influências externas que podem levá-los a caminhos indesejados.

A prova disso são os jovens que começam e param diversos cursos superiores, dizendo que não “se acharam” dentro do que estavam cursando.

Não adianta procurar pelas profissões do futuro, se essas profissões exigirem determinados comportamentos profissionais que este estudante não tem.

Da mesma forma, um estudante se definir por uma profissão porque existe uma tradição familiar ou empresas montadas à espera desse novo membro da família, caso ele não tenha as aptidões e principalmente os motivadores dele não tenham capacidade de serem providos no desempenho dessa carreira é uma grande temeridade.

Sim, o segredo da felicidade em uma profissão, normalmente reside no fato dos motivadores dos profissionais serem atendidos o máximo possível e o seu perfil comportamental ser coerente com as necessidades da área escolhida.

Vamos a um exemplo prático. Já tivemos em nosso escritório um jovem em busca de auxílio por estar se sentindo extremamente pressionado e infeliz, já que estava sendo pressionado a seguir a tradição da família pelo ramo do direito.

Feitas as avaliações, foi descoberto que os motivadores principais em ordem de grandeza eram o social e o harmonioso. Traduzindo, essa pessoa era movida pelo prazer em poder ajudar o próximo, fazer o bem mesmo sem a esperança de uma recompensa financeira. Seu segundo motivador o condizia para ambientes mais calmos, harmônicos, com ausência de conflitos e onde ele pudesse encaminhar sua vida para o lado prazeroso dela.

Entre as opções de profissões apresentadas, uma delas remetia a área da saúde e onde ele mais se encaixou foi no ramo da fisioterapia.

Nada a ver com o ramo direcionado pela família, mas conforme os seus próprios motivadores, que hoje o transformaram num profissional contente e bem-sucedido em sua área.

Outro profissional, já formado em veterinária, apesar de ter amor pela profissão e recursos financeiros para abrir uma clínica veterinária, não se sentia confortável em ter que tomar decisões rápidas e imediatas com relação a animais em sofrimento. Após a sua avaliação e entrevista, chegamos à conclusão de que seus motivadores eram atendidos, mas suas tendências de comportamentos eram mais voltados para tarefas planejadas e com tempos determinados. Assim sendo continuou na veterinária, mas na parte de medicina diagnóstica, estando feliz e motivado com o que faz até hoje.

O que a Harmonia Familiar pode fazer por esses jovens?

Pelo lado da família, mostrar que a preocupação com o futuro desses estudantes é real e que o importante seja que eles busquem suas carreiras baseados em seus reais talentos e motivadores, seja lá em que ramo do conhecimento for. A família ao proporcionar autoconhecimento ao jovem estudante demonstra todo o seu amor e responsabilidade na indicação de um rumo adequado ao futuro desse jovem.

Para os filhos é ajudar a responder o porquê das incertezas e apontar caminhos mais certeiros com relação às suas escolhas de profissão e de vida.

Para aqueles que estão sendo pressionados pela família a seguir um caminho devido às tradições familiares, é um modo de confirmar a tendência de sucesso da escolha ou de proporcionar evidências pessoais e particulares de que tem talentos e motivação para seguirem em outras carreiras.

Não parece, mas essa questão da imposição de pais e familiares sobre a escolha futura de carreiras, é um dos grandes motivos de frustração dos jovens estudantes.

Também ajuda a desmistificar a questão da busca de carreiras apenas pelo fator remuneração ou status de profissão, muitas vezes sem ter a menor aptidão para a área escolhida, sendo mais um daqueles que passarão por diversas faculdades “sem se achar”, e ouvindo coisas desagradáveis de familiares por essa atitude.

Harmonia Familiar vem através de suas ferramentas e cursos, direcionar aquelas famílias que querem ajudar aos seus jovens na busca de uma carreira e a estudantes que através do autoconhecimento procurem determinar as suas buscas por profissões que os transformem em profissionais mais focados, felizes e de sucesso, através do uso de seus talentos e motivadores pessoais.